Meu filho parou de comer - Ciclo da recusa Alimentar

Meu filho parou de comer – O que é o ciclo da recusa alimentar?

Seu filho, que antes comida de tudo, passou a dizer "não" para vários alimentos? Esse é um processo conhecido como ciclo da recusa alimentar. Normalmente acontece entre 18 meses e 3 anos, quando a criança deixa de ser bebê e deseja afirmar sua independência.

É comum muitas famílias ficarem apreensivas, inseguras e quando chegam a mim repetem a mesma frase: “Meu filho parou de comer”. Essa é uma etapa normal do desenvolvimento infantil, porém requer alguns cuidados para que não haja agravamento desse ciclo, e consequentemente gerar problemas graves.

Entretanto, muitos pais enfrentam esse problema e ficam perdidos com a situação. Pensando nisso, preparei esse artigo para você! Aqui, além de reunir informações importantes sobre o ciclo da recusa alimentar, abordarei formas eficazes de lidar com esse momento, que poderão ajudar a melhorar a aceitação de alimentos diversos pelo seu bebê.

Porém, é importante lembrar que em alguns casos, quando essa situação se prolonga ou é muito restrita, haverá a necessidade de apoio de uma equipe de profissionais.

Vamos lá?

Meu filho parou. de comer - O que é o ciclo da recusa alimentar?

O que é o ciclo da recusa alimentar?

A princípio o ciclo da recusa alimentar se inicia quando a criança começa a desenvolver a sua seletividade em relação aos alimentos.  Dessa forma, se não forem tomadas medidas eficazes para quebrar esse ciclo, a tendência é que o bebê passe a rejeitar vários alimentos e de fato você comece a viver o pesadelo do “meu filho parou de comer”.

Por falta de informação os erros que os pais ou responsáveis cometem nessa fase reforçam e agravam esse ciclo. Tornando a alimentação cada vez mais restrita. Dessa forma, é comum que os alimentos aceitos sejam com um padrão único de sabor, textura e/ou cor. Podendo assim gerar prejuízos graves para a saúde doa criança.

Esse comportamento pode estar relacionado a várias coisas, por exemplo:

Fatores prejudiciais:

  • A adaptação do paladar com alimentos “facilitadores” ou industrializados, ou seja, que utilizam um recurso conhecido como Hiper Palatabilidade, fazendo com que a comida caseira natural fique em desvantagem;
  • Não realizar refeições em família, ou nesse momento, houver distrações como a TV ou celular, a criança não perceberá o que está comendo e perderá essa oportunidade de aprender os sabores, texturas e consistências, isso irá contribuir negativamente para o reforço do ciclo da recusa alimentar;
  • A troca das refeições rejeitadas por alimentos menos saudáveis ou que a criança de fato gosta mais, pode iniciar um hábito, onde a criança entende que, se não comer o alimento oferecido inicialmente o cuidador dará o outro. E isso, frequentemente, se torna um ciclo vicioso em que a alimentação também fica restrita;
  • Chantagem ou oferecer recompensas, como por exemplo, “se comer todos os legumes, ganha a sobremesa”, reforça para a criança que os legumes são “ruins” e gostoso mesmo é o “prêmio”;
  • Quanto maior a pressão, maior será a resistência ou o retrocesso da criança.

A criança, no desenvolvimento do seu paladar, vai ter preferências. e isso é normal! Entretanto, quando as recusas passam a ser muito frequentes é necessário adotar algumas medidas. E em alguns casos procurar ajuda profissional para quebrar o ciclo de recusa alimentar.

Vamos conferir abaixo como lidar com a recusa?

Como lidar com a recusa alimentar? E nunca mais repetir “meu filho parou de comer”

Os cuidados que você pode tomar para ajudar nesse processo são, por exemplo:

  • O primeiro e um dos mais importantes ao meu ver é, pare de repetir a frase “meu filho parou de comer”, pois isso apenas gera ansiedade em você e consequentemente no seu bebê.
  • Faça suas refeições no mesmo horário em que oferece a comida ao seu filho. Somos os maiores exemplos para as crianças;
  • Se o seu filho recusar a comida, não o force. Por mais frustrante que seja, tente acalmá-lo e, depois de um tempo ou até mesmo em outra situação, ofereça outra vez;
  • Continue a oferecer a comida habitual e também novos alimentos;
  • Mude a forma de oferecer os alimentos recusados e até o local das refeições – um piquenique no tapete de atividades por exemplo;
  • O local onde as refeições são realizadas deve ser tranquilo. Desligue a TV, abaixe o volume do rádio e evite discussões;
  • Varie o cardápio e convide a criança a participar do  preparo;
  • Retire o que ele não comeu, sem fazer comentários;
  • Tenha em mente que o seu filho pode não gostar mesmo de algum alimento, e nesse caso, é importante trocar por algum do mesmo grupo;
  • Deixe de oferecer o alimento recusado e continue consumindo para que desperte o interesse próprio.

Essas são apenas algumas medidas que podem ser tomadas. Consulte um nutricionista especializado para orientação específica para seu caso.

E então, ficou com dúvidas sobre o ciclo da recusa alimentar?

Deixe nos comentários.

Thayssa Roriz - Introdução Alimentar e Nutrição Infantil

Thayssa Roriz

Formada em nutrição, mãe do Cadu e da Cora, apaixonada pelo poder da transformação de uma introdução alimentar bem conduzida.

Gostou? Ajude esse post a chegar a mais famílias.

Você também pode gostar.

Deixe seu comentário ou dúvida aqui.

Alerta!
Se seu bebê não anda comendo bem, fique atenta aos níveis de ferro dele e evite doenças graves no futuro