Açúcar para bebês menores de 2 anos

Açúcar para bebês com menos dois anos: mocinho ou vilão?

Esse é um tema que não pode ser deixado de lado e muito menos esquecido: a relação entre o açúcar e menores de dois anos.

Antes de falar sobre o açúcar para bebês, tenho que falar que o açúcar pode ter nomes bem diferentes, mas que não devem nos confundir, são eles: açúcar cristal, açúcar refinado, açúcar demerara, açúcar mascavo, xilitol, stévia, mel, melado de cana, açúcar de coco, agave e açúcar orgânico. 

O Ministério da Saúde (MS), por meio do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, recomenda a não utilização de açúcares às crianças menores de 2 anos.

E isso significa, também, produtos com açúcar em sua composição. Isso inclui sucos industrializados, biscoitos (sim, os de maisena também), doces em geral. 

Mais do que não recomendado, o açúcar é extremamente prejudicial para o bom desenvolvimento da criança, pois estudos indicam que os efeitos do açúcar no cérebro são equiparáveis com os efeitos provocados por drogas, causando, portanto, dependência e irritabilidade.

Além de contribuir com o surgimento de doenças como a obesidade e diabetes.

Quer saber quais são os malefícios do açúcar para o bebê e como você pode ajudá-lo? Continue comigo!

Saúde infantil: entenda quais são os efeitos do açúcar para bebês menores de 2 anos

Fisiologicamente, os seres humanos não precisam de açúcar no organismo e ao introduzir o açúcar nas refeições dos bebês, uma relação direta com o paladar é criada.

Isso porque, o desenvolvimento do paladar se dá em maior relevância até por volta de 2 anos de idade.

O bebê está acostumado com o leite materno, ou com os alimentos in natura e, quando se deparam com o açúcar, sentem aquele boom de sabor. Essa prática, pais e responsáveis, pode comprometer nas escolhas que essas crianças farão (podem ser escolhas saudáveis ou não).

Além disso, quando se oferece açúcar para a criança, ela pode recusar outro sabores, comprometendo, assim, uma alimentação saudável e balanceada.

O açúcar adicionado – aquele usado a fim de adoçar bebidas, alimentos e outros – possui efeito maléfico para os bebês.

Existe, portanto, relação entre a ingestão de açúcar e distúrbios metabólicos como: aumento da pressão arterial, diabetes, obesidade, dislipidemias e etc.

E não é difícil notarmos o aumento da quantidade de crianças que já sofrem de problemas cardíacos, por exemplo, não só devido ao uso indevido de açúcar, mas tendo este como fator determinante.

E não para por aí… outras pesquisas mostram que 30% das crianças de cinco a nove anos sofrem com obesidade.

Como se não bastasse, ainda existem problemas ligados ao aumento de cáries e distúrbios cognitivos que são agregados pelo uso excessivo (ou simplesmente pelo uso) de açúcar por menores de dois anos.

Como dito anteriormente, o açúcar é visto como uma droga, pois estimula regiões cerebrais (conhecidas como centro de recompensa) encarregadas de causar a dependência deste produto, tal como cocaína, por exemplo.

O açúcar libera neurotransmissores que causam esse vício pelo seu sabor, principalmente a dopamina.

Essa dependência pode vir mascarada de distúrbios comportamentais, como: dificuldade de concentração, hiperatividade, irritabilidade e outros que estão ligados a uma dieta com produtos adoçados.

Conheça agora 5 razões para não oferecer açúcar aos menores de 2 anos

Sim, sabemos que é uma tarefa muito difícil para os pais recusar oferecer guloseimas às crianças. Desde a mais tenra idade, as festas infantis são sinônimos de doces.

Até nas canções essa afirmativa se faz presente. “Hoje vai ter uma festa, ‘bolo’ e ‘guaraná’, muitos ‘doces’ pra você (…)”. Viu? Estamos em uma sociedade em que o açúcar tornou-se um hábito alimentar.

Entretanto, existem 5 principais razões para que os açúcares não sejam oferecidos. Saiba agora quais são:

  1. Compromete o desenvolvimento de hábitos saudáveis da criança;
  2. É um produto extremamente viciante (equiparado à droga, lembra?);
  3. Prejudica a saúde;
  4. Auxilia no desenvolvimento de distúrbios psicológicos do comportamento;
  5. É uma caloria vazia e que não oferece nutriente algum à criança.

Além disso, o açúcar está presente de tantas formas em tantos produtos alimentícios que muitos nem fazem ideia.

Além dos que foram citados, podemos encontrar em industrializados – isso inclui fórmulas de seguimento e compostos lácteos.

No rótulo os açúcares aparecem com outros nomes, como: maltodextrina, sorbitol, sacarose, maltose, eritritol, açúcar invertido, glucose, glicose, xarope de milho, xarope de malte, xarope de arroz, açúcar light, xarope invertido… 

Um trecho do Guia é bem claro com relação a isso e resume de forma bem convincente: “É comprovado que a criança nasce com preferência para o sabor doce, no entanto, a adição de açúcar é desnecessária e deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida”.

Portanto, no dia a dia, opte por oferecer sempre alimentos saudáveis, não processados às crianças. E, quando o consumo de açúcar for presente, que seja com a supervisão e moderação do responsável. 

Ficou com dúvidas sobre açúcar e menores de dois anos? Deixe nos comentários.